Ser ou não ser humilde

“Como você se vê hoje?”

Por Thomas Hahn

Jesus explicita o que é humildade numa passagem que encontramos em Lucas 18.9-14. Ele está no templo, observando dois homens que, lado a lado, estão orando.

O primeiro é um fariseu. Ele apresenta seu currículo a Deus: vou a dois cultos no domingo, faço parte de um grupo de estudo bíblico e oração, dizimista dos mais fiéis, levo sopa para os pobres todo dia 15, não fumo, bebo nem danço. Não é para me gabar, mas, comparado a este publicano que está do meu lado, convenhamos, eu mereço o green card do reino dos céus. Mérito 10 x Humildade 0.

Já o pobre do publicano não tem nada para mostrar para Deus, salvo seus pecados. Sabe que é ética, moral e espiritualmente falido, pois não se compara aos outros, e sim à perfeição de Deus. Restam-lhe apenas as lágrimas nos olhos. Pede misericórdia, já que  justiça seria a morte. Mérito 0 X Humildade 10.

Este, diz Jesus, é dos meus. Seu lar no céu está garantido. É humilde de espírito.
George Mueller, grande homem de Deus do final do século 19, ao completar 91 anos de idade foi entrevistado por um repórter que lhe perguntou: “Como o senhor se vê hoje?” A resposta: “Um mísero pecador, salvo pela graça misericordiosa de Deus!”
Eis uma perfeita definição do que é ser cristão.

Thomas Hahn, 89 anos, nasceu em Viena, Áustria, mas é carioca por formação. É casado com Christine há 61, com quem tem três filhos. Foi ordenado pastor aos 87 na Igreja Batista da Granja Viana, em Cotia, SP.

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Imagem: Foto de Frank Holmes, Domínio público.

Grandioso és Tu!

Por Wilfried Körber

“Senhor meu Deus, quando eu maravilhado fico a pensar nas obras de Tuas mãos

[…]

Então minh’alma canta a Ti Senhor, grandioso és Tu, grandioso és Tu!”

Fico pensando, será que esses hinos que falam da grandeza de Deus, estão chegando ao seu destino? É assim que o louvor é aceito? Diz-nos a Palavra de Deus, ou seja, o próprio Deus, que os seus pensamentos são mais altos que os nossos pensamentos (Is 55.9). Como deve ser o louvor a esse grande Deus?

No tempo dos sacrifícios e/ou holocaustos, os animais sacrificados deviam ter características sem defeitos; eram escolhidos, alguns entre muitos, para que fossem ofertas agradáveis e perfeitas a Deus. Acredito que os nossos “sacrifícios” de louvor também devem apresentar oferendas que sejam perfeitas. Antes de grandes manifestações de Deus no passado de Israel, havia a necessidade de santificação (Js 3.5). O Cordeiro de Deus a ser oferecido pelos pecados do mundo, precisava ser perfeito e puro para que fosse aceito por Deus.

O louvor é um sacrifício, e como o sacrifício deveria ser puro, aquele que louva, se revista de pureza para comparecer diante do SENHOR. Nunca falte em nós essa preparação para encontrarmos nosso Pai celestial e quando estivermos levando nosso louvor a Ele.

Wilfried Körber nasceu em Göttingen na Alemanha em 1931 e vive no Brasil desde 1937. Converteu-se aos 16 anos na então Igreja Alemã Batista Zoar, frequentada por sua mãe. Membro fundador da Igreja Batista Filadélfia de São Paulo, envolveu-se com o trabalho de evangelização de crianças e missões, com sua esposa Gisela, de saudosa memória. Há mais de uma década escreve textos para o devocionário Presente Diário. Atualmente vive em Sorocaba, SP. @lampadaparaosmeuspes_.

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