Nada pode apagar a chama da vocação

Por Durvalina B. Bezerra

Em cada ciclo da vida, vivemos a nossa vocação no uso dos nossos dons para o cumprimento dos propósitos divinos. Depois da aposentadoria, ela pode contrair outros contornos e outras dimensões, mas nunca se apartar de nós.

Quando me entreguei ao meu Senhor confessei que viveria o meu chamado para sempre. Eu tinha 15 anos e não tinha ideia dos desafios e da dimensão desse compromisso, mas tinha convicção plena de que, “Aquele que vos chama é fiel” (1Ts 5.24). Surpreendi-me com as oportunidades de servir com os meus dons e além deles. São 52 anos de ministério ininterrupto, cada ano que passa novas oportunidades surgem e a disposição para servir é renovada.

Depois de 28 anos na direção do Seminário Betel em São Paulo, o Senhor me trouxe de volta à João Pessoa e alguns entenderam que eu estava me aposentando. Deixei a responsabilidade de dirigir um seminário, mas o compromisso com a vocação de preparar os vocacionados me faz continuar servindo como diretora do Centro de Educação Teológica e Missiológica do Betel Brasileiro, órgão de organiza e supervisiona as nossas vinte extensões.

A vida só tem sentido dentro do propósito para o qual o Senhor nos escolheu. Para o cristão, viver a vocação é não ter a vida por preciosa até cumprir a carreira que o Senhor designou para cada um de nós, até o último suspiro. “Os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis” (Rm11.29). A dimensão ministerial pode mudar, o tipo de serviço pode mudar, mas nada pode apagar a chama da vocação. O vocacionado é um servo, cujo estilo de vida é servir por amor. Este é o modelo do Mestre. A força do amor nos mantém presos no altar dos sacrifícios até a morte, porque “nenhum laço de amor pode ser mais forte do que o laço da vocação”.

Durvalina B. Bezerra é diretora do Centro de Educação Teológica e Missiológica Betel Brasileiro.

Crédito da imagem: Jill Wellington, Pixabay

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