USP 60+ é o nome atual do programa Universidade Aberta à Terceira Idade, criado pela USP em 1994, por iniciativa da professora Eclea Bosi.
Este ano o programa comemora seus 30 anos. Na sua 57ª edição foram disponibilizadas mais de 4 mil vagas para o primeiro semestre de 2024 divididas entre disciplinas regulares, oferecidas nos cursos de graduação da USP, e atividades complementares, que englobam cursos, palestras, excursões, práticas esportivas e didático-culturais. A iniciativa é gratuita.
São mais de 200 atividades em diversas áreas do conhecimento.
O médico Egídio Dórea, coordenador do programa USP 60+, explica a importância da iniciativa: “A ideia do programa USP 60+ é fornecer à população acima dos 60 anos oportunidades para o aprendizado ao longo da vida. Sabemos que esta é uma das características principais para você ter um envelhecimento saudável. Outro fator importante é o encontro de gerações. Nós inovamos (em relação a programas do exterior), ao acrescentarmos a intergeracionalidade, essa troca de experiências dentro de sala de aula com alunos da graduação”.
A professora Ecléa Bosi, fundadora do programa e coordenadora até 2016, tem paixão pelas oportunidades criadas por estes anos de atividade. No ano de sua criação o programa foi pioneiro. Hoje a experiência se repete em muitas das universidades brasileiras.
Neuza Guerreiro Carvalho, ao se aposentar, depois de trinta anos atuando como professora de biologia, decidiu se dedicar a tudo o que nunca tinha estudado até então. Neuza buscou o USP 60+ e, ao longo de uma década, participou de mais de cinquenta formações: história, artes plásticas, sociologia e literatura. Foram tantos que Neuza se tornou, ela mesma, professora de um dos cursos oferecidos ao público mais idoso: “Resgate de memórias autobiográficas”, que será ministrado este ano.
De que forma este programa pode inspirar as igrejas em sua atuação junto aos 60+?
É claro que este programa tem suas peculiaridades e se realiza no contexto universitário. As igrejas estão inseridas em outra realidade, mas algumas práticas podem ser inspiradoras:
- é uma atividade que incentiva o protagonismo dos 60+
- é gratuito, permitindo que qualquer pessoa participe, o que promove a diversidade do grupo e enriquece a troca de experiências
- promove a intergeracionalidade: os mais velhos convivendo com os mais jovens, o que gera convivência entre os grupos, conhecimento mútuo
- favorece a quebra de preconceitos com os 60+
Quem sabe, a igreja pode começar motivando – e facilitando processos – os idosos a escreverem suas memórias autobiográficas com o apoio de jovens e adolescentes e com divulgação para toda a comunidade?
Vale a pena assistir ao vídeo feito em homenagem à fundadora do programa. Clique aqui.
Crédito das imagens: USP 60+ | prceu.usp.br/programa/usp-60/
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