Por Antônio Carlos W. C. de Azeredo
1 Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer;
2 antes que se escureçam o sol, a lua e as estrelas do esplendor da tua vida, e tornem a vir as nuvens depois do aguaceiro;
3 no dia em que tremerem os guardas da casa, os teus braços, e se curvarem os homens outrora fortes, as tuas pernas, e cessarem os teus moedores da boca, por já serem poucos, e se escurecerem os teus olhos nas janelas;
4 e os teus lábios, quais portas da rua, se fecharem; no dia em que não puderes falar em alta voz, te levantares à voz das aves, e todas as harmonias, filhas da música, te diminuírem;
5 como também quando temeres o que é alto, e te espantares no caminho, e te embranqueceres, como floresce a amendoeira, e o gafanhoto te for um peso, e te perecer o apetite; porque vais à casa eterna, e os pranteadores andem rodeando pela praça;
6 antes que se rompa o fio de prata, e se despedace o copo de ouro, e se quebre o cântaro junto à fonte, e se desfaça a roda junto ao poço,
7 e o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.
8 Vaidade de vaidade, diz o Pregador, tudo é vaidade.
Conclusão
9 O Pregador, além de sábio, ainda ensinou ao povo o conhecimento; e, atentando e esquadrinhando, compôs muitos provérbios.
10 Procurou o Pregador achar palavras agradáveis e escrever com retidão palavras de verdade.
11 As palavras dos sábios são como aguilhões, e como pregos bem fixados as sentenças coligidas, dadas pelo único Pastor.
12 Demais, filho meu, atenta: não há limite para fazer livros, e o muito estudar é enfado da carne.
13 De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem.
14 Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más.
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Antonio Carlos W. C. de Azeredo (1938–2024), autor da seleção acima, trabalhou a maior parte do tempo como funcionário do Banco Central do Brasil, em Brasília.
Seu compromisso com a igreja e com o ensino da Palavra de Deus o destacava. Foi por muitos anos dedicado líder e professor no departamento infantil da escola dominical, sempre à frente do culto de abertura para crianças. Fez isso no seu breve tempo em Viçosa, MG, e em sua longa jornada em Brasília, na Igreja Presbiteriana Nacional, onde integrou o colegiado de pastores desde 2001, além de ter exercido várias outras funções
Ao longo dos anos, desenvolveu a apostila Desenhando a Linha de Redenção no Contexto da Visão Panorâmica da Geografia e História Bíblicas. Antônio Carlos dedicou-se também a desenhos e pintura.
Sua esposa morreu cerca de quatro anos antes dele. Ele faleceu no dia 22 de março de 2024. Deixou dois filhos, cinco netos e dois bisnetos.
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