Uma avó feliz

Ser avó é muito melhor do que tudo o que dizem. Netos são iguais a filhos, só que com açúcar em cima

Por Cássia Sakiyama

Porque o Senhor é bom, a sua misericórdia dura para sempre e, de geração em geração, a sua fidelidade. Salmo 100.5, ARA

Deus tem sido bondoso e misericordioso comigo de uma maneira maravilhosa. Entre as muitas bênçãos recebidas ao longo dos meus 64 anos, quero destacar duas. A primeira bênção é, na verdade, uma série de livramentos e milagres. A segunda, é que sou avó de cinco lindos netinhos.

Em setembro de 2024, tive uma meningite bacteriana. Durante 27 dias de internação, dos quais 12 no CTI, tive septicemia, parada cardíaca, AVC, tetraparesia (fraqueza muscular dos membros), infecção hospitalar e perda parcial de audição. Mas, o Senhor preservou a minha vida, atendendo as orações dos familiares, amigos e irmãos em Cristo. A Ele seja dada toda honra e toda glória.

Antes da meningite, eu já era uma avó muito coruja do Pedro, do Lucas e do João. No dia que saí do CTI, fui abençoada com o nascimento do quarto netinho, o Samuel. Ainda no hospital, recebi também a notícia de que o quinto neto que esperávamos seria, na verdade, uma menina, a Clara.

Ao saber do nascimento do Samuel, orei para que o Senhor me permitisse conhecê-lo pessoalmente. Quando ele tinha quase dois meses, minha filha o colocou no meu colo! Aí, tive coragem de orar pedindo para conhecer a netinha que nasceria quatro meses depois. O nosso bom Deus me concedeu a graça de pegar a Clara no colo ainda na maternidade.

Após a meningite, eu fiquei quase dois meses sem conseguir andar. Para a minha reabilitação, a presença dos meus netinhos tem sido decisiva. O Lucas era o único netinho que morava na mesma cidade que eu, quando tive a alta hospitalar. Ele me visitava todos os dias e chegava devagarinho, estranhando a cadeira de rodas. Mas, sempre me perguntava: “Você está bem?”, e me olhava diretamente nos olhos. Como isso me fez bem!

Pedro e João logo vieram me visitar. Os dois netinhos mais velhos, Pedro e Lucas, sempre me pediam para brincar com eles. E logo entenderam que precisavam trazer os brinquedos até mim. As minhas pernas e os meus braços viraram pistas para os carrinhos e bases para as construções de blocos. Eles acompanhavam de perto cada progresso meu e até imitavam os meus exercícios de fisioterapia. Depois, minha bengala virou o brinquedo predileto e bastante disputado.

Recentemente, pude participar da festinha de 1 aninho do João, conseguindo até ajudar nos preparativos. Foi uma grande alegria ver o João batendo palminhas, enquanto toda a nossa família cantava “Parabéns” para ele.

Atualmente, ando bem sem apoio, a audição de um dos ouvidos melhorou muito, estou conseguindo pegar os netinhos no colo, brincar com eles e até fazer um bolo juntos. Quando me perguntam “como é ser avó” eu respondo: “É muito melhor do que tudo o que dizem!”. E meu marido completa: “Netos são iguais a filhos, só que com açúcar em cima”. Ou seja, sou uma avó muito feliz.

  • Cássia Sakiyama, esposa, mãe de três filhos e vovó de cinco netinhos. Membro da Igreja Presbiteriana de Viçosa, em Viçosa, MG.

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